Defender a família e o casamento

 

    A Igreja vê com preocupação as estratégias que são postas em prática, um pouco por todo o lado, para eliminar da consciência da sociedade o conceito cristão do matrimónio e da família.
 

    O Papa referiu recentemente que o sentido do matrimónio vai-se deteriorando devido à facilidade do divórcio, à coabitação antes do casamento e à introdução de novos tipos de união que não têm fundamento algum na história da cultura e do direito na Europa.


    Constatamos que há muitos casais a viverem juntos há anos e o fundamento dessa decisão acaba por ser uma experiência de vida a dois. No entanto, garantem que, apesar de não terem qualquer aversão especial ao casamento, uma oficialização da união não está planeada. Alegam até que a opção por viver juntos não foi por oposição ao casamento, mas sim “para experimentar a vivência a dois".

     Há casos em que o casamento esteve mesmo planeado em diversas ocasiões, mas sobretudo questões de trabalho foram adiando a cerimónia. "Fomos sucessivamente adiando, até que a ideia se esbateu um pouco. Para já não é uma necessidade nossa, é mais uma questão social.” – dizia-nos um jovem casal. 

    E a ideia ainda não caiu completamente, sobretudo por causa dos filhos. Se os homens são, genericamente, mais indiferentes ao casamento, para as mulheres o casamento poderá ser importante, se houver filhos.

    Parece-nos que a fonte desta mudança comportamental dos nossos jovens casais assenta na falta do sentido de compromisso. O casamento é um compromisso de amor e de fidelidade. E, pelo sacramento do matrimónio, o casal recebe a abundante ajuda de Deus para um amor fiel e duradouro.

    Bento XVI, à semelhança de João Paulo II, tem dito por diversas vezes que a família é um bem necessário à sociedade e é também fundamental para os filhos que hão-de ser fruto do amor e da doação total e generosa dos pais.

    Recordamos as palavras do Cardeal-Patriarca na mensagem de Natal 2010 a este respeito:
«A força espiritual de Portugal é, e sempre foi, a família, enraizada na beleza do amor de um homem e de uma mulher, aprofundado na experiência sublime da fecundidade. A família é a fonte da coragem. Fortalecidos na comunhão familiar, os nossos antepassados travaram todas as batalhas, arriscaram todas as aventuras, para escrever, por vezes com sangue, o nome de Portugal. Ela é o alfobre da fidelidade, e o amor, mesmo o amor por Portugal, supõe sempre a fidelidade, tantas vezes provada e experimentada, mas vencedora com a graça própria do sacramento do matrimónio. Quem não é fiel na família, dificilmente o será aos grandes desafios e objectivos da comunidade nacional. A generosidade na busca generosa do bem-comum, aprende-se na família. As famílias portuguesas, de modo particular as famílias cristãs, são convidadas a envolver no seu amor comunitário outras famílias em dificuldade. A alma de Portugal é a de um povo crente, que confia na ajuda de Deus e na protecção maternal de Maria, Mãe de Jesus. Não receemos recorrer a essa protecção, amorosa e poderosa».

    Sublinhamos “A família é a fonte da coragem” e é preciso aprender a coragem no amor de entrega, para podermos dar testemunho da beleza que está contida no matrimónio.

    As famílias da nossa diocese podem aproveitar o espírito de missão em que o Sector da Pastoral Familiar tem vindo a trabalhar. 
É esta também uma forma de missão para que cada um possa proclamar ao mundo a verdade integral da família, fundada no matrimónio como Igreja Doméstica, de uma forma social e economicamente responsável, para a construção de um futuro melhor.



Sector da Pastoral Familiar

 

 

 

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